Culturas Degenerativas
realizado por Cesar & Lois, um coletivo formado por Cesar Baio e Lucy HG Solomon do The League of Imaginary Scientists (LOIS) com contribuições de Jeremy Speed Schwartz (LOIS) e Scott Morgans (biólogo).Culturas Degenerativas é uma obra de arte interativa em que organismos vivos, redes sociais e Inteligência Artificial trabalham juntos para corromper o impulso humano de dominar a natureza.
Nesta rede “biohíbrida” (digital e biológica), livros físicos que documentam o desejo humano de controlar e remodelar a natureza servem de alimento para uma colônia de fungos vivos.
Ao lado do livro com os microorganismos, há um monitor de computador onde se vê a ação de um fungo digital inteligente, que procura na internet e corrompe textos com o mesmo intuito predatório encontrado no livro.
Estes dois sistemas, um orgânico e outro informacional, se comunicam por meio de uma interface digital criada especificamente para este trabalho. O fungo digital integra Inteligência Artificial e algoritmos generativos (baseados em processos de crescimento de organismos vivos) com o Twitter, permitindo que qualquer pessoa possa interagir com o sistema e ajudar o processo de destruição dos textos.
Esta história da colonização do conhecimento humano pelos fungos é documentada em publicações feitas no Twitter, em @HelloFungus, como também em impressões contínuas realizadas por uma impressora térmica, que também compõe a instalação.
Esta obra de arte “biohíbrida” utiliza um conjunto de tecnologias para integrar sistemas vivos e digitais em uma única rede, pela qual o fungo bio-digital responde às menções feitas por usuários do Twitter, engajando as pessoas na distribuição deste “esporos digitais”.
Nesta rede “biohíbrida” (digital e biológica), livros físicos que documentam o desejo humano de controlar e remodelar a natureza servem de alimento para uma colônia de fungos vivos.
Ao lado do livro com os microorganismos, há um monitor de computador onde se vê a ação de um fungo digital inteligente, que procura na internet e corrompe textos com o mesmo intuito predatório encontrado no livro.
Estes dois sistemas, um orgânico e outro informacional, se comunicam por meio de uma interface digital criada especificamente para este trabalho. O fungo digital integra Inteligência Artificial e algoritmos generativos (baseados em processos de crescimento de organismos vivos) com o Twitter, permitindo que qualquer pessoa possa interagir com o sistema e ajudar o processo de destruição dos textos.
Esta história da colonização do conhecimento humano pelos fungos é documentada em publicações feitas no Twitter, em @HelloFungus, como também em impressões contínuas realizadas por uma impressora térmica, que também compõe a instalação.
Esta obra de arte “biohíbrida” utiliza um conjunto de tecnologias para integrar sistemas vivos e digitais em uma única rede, pela qual o fungo bio-digital responde às menções feitas por usuários do Twitter, engajando as pessoas na distribuição deste “esporos digitais”.
[…] sozinhos, nós temos o poder de controlar as forças mais violentas que descendem da natureza, o mar e os ventos […] nós confinamos os rios, alinhamos ou desviamos seu curso. Em resumo, por meios das nossas mãos, nós tentamos criar como se fosse um segundo mundo dentro do mundo da natureza.
Cicero, De Natura Deorum, ano 45 A.C.
[…] injeções de aerosol com partículas de sulfato, são globais em impacto, e […] tecnicamente realizáveis […] [O sistema de Gerenciamento de Radiação Solar] é a inserção de uma camada de reflexão no meio da atmosfera ou a colocação de espelhos no espaço.
Low, S.; Schäfer, S.; Maas A. , Climate Engineering, 2013
Este sistema bio-digital mapeia e corrompe as estruturas de pensamento predatório que têm consistentemente orientado o modo como a humanidade se relaciona com a natureza. O sistema resultante torna visível os padrões culturais entrópicos que têm conduzido a humanidade ao Antropoceno.
Se as sociedades humanas são consideradas culturas biológicas sobre a Terra, nosso substrato tem sido o ecossistema global. Contraditoriamente, as sociedades humanas destroem sistematicamente este substrato, resultando em uma perda de dados acumulativa que ganha forma na extinção de espécies e na devastação ambiental.
Este comportamento tem sido concebido, planejado e justificado através de ideias como as de beleza, progresso, domesticação, lucro e superioridade do ser humano sobre a natureza. Ideias estas que, ao longo de diferentes períodos históricos, se proliferaram através da religião, da ciência, da arte, do desenho de paisagem, da filosofia, da economia e em outros contextos. O ponto de partida deste projeto é o exame crítico destes textos antigos e recentes, na busca por padrões de comportamento que poderiam levar a humanidade à desintegração.
Se as sociedades humanas são consideradas culturas biológicas sobre a Terra, nosso substrato tem sido o ecossistema global. Contraditoriamente, as sociedades humanas destroem sistematicamente este substrato, resultando em uma perda de dados acumulativa que ganha forma na extinção de espécies e na devastação ambiental.
Este comportamento tem sido concebido, planejado e justificado através de ideias como as de beleza, progresso, domesticação, lucro e superioridade do ser humano sobre a natureza. Ideias estas que, ao longo de diferentes períodos históricos, se proliferaram através da religião, da ciência, da arte, do desenho de paisagem, da filosofia, da economia e em outros contextos. O ponto de partida deste projeto é o exame crítico destes textos antigos e recentes, na busca por padrões de comportamento que poderiam levar a humanidade à desintegração.
Detalhes de funcionamento
1) Um fungo cresce sobre um livro previamente selecionado, que trata do impulso humano em dominar a natureza, consumindo letras e palavras impressas nas páginas.
2) Uma interface digital analisa o crescimento do fungo e sua ação sobre o texto através de um programa de visão computacional.
3) Um robô do Twiter, ligado ao @HelloFungus, publica o texto lido pela interface, junto com as falhas de leitura provocadas pelo microorganismo.
4) A interface também se comunica com um fungo digital, baseado em Inteligência Artificial e Algoritmos Generativos.
5) O fungo digital procura textos na internet com os mesmos ideais de dominação da natureza.
6) Ao encontrar este textos predatórios, o fungo digital os corrompe. Este processo é mostrado na tela que fica ao lado do livro.
7) Os textos do livro físico e da internet são impressos no local da exposição por uma impressora térmica.
8) As pessoas podem interagir mencionando @HelloFungus no Twitter e recebem respostas do fungo digital.
Culturas Degenerativas é um trabalho realizado por Cesar & Lois, um coletivo formado por Cesar Baio e Lucy HG Solomon da The League of Imaginary Scientists com contribuições de Jeremy Speed Schwartz (LOIS) e Scott Morgans (biólogo).
O projeto foi criado durante a residência de Cesar Baio como artista-pesquisador no i-DAT - Plymouth University. Sua pesquisa foi financiada pela Capes/ Programa de Pós-doutorado/ 88881.120168/2016-01.